Esta coisa de estar em isolamento
Cá estou eu fechadinha em casa por pelo menos mais 14 dias.
Esta coisa de estar quarentena parece divertida, quase como umas férias antes do tempo, sem aulas e obrigações. Mas a verdade é que estou em casa há quatro dias e não podia estar mais errada. Aqui em casa parece que entramos na fase de já não saber o que fazer connosco mesmos, as séries que tinha em atraso parecem me entediantes, as paredes estão fartas de serem observadas e o ar lá de fora parece ser a única coisa que puxa por mim.
O que me salva é ter um professor muito tecnológico que conseguiu arranjar-nos aulas online para esta semaninha, e a cozinha que passou a ser o meu habitat natural onde entre tachos e panelas invento receitas malucas que quase nunca dão certo.
Mas sabem o que mais me aborrece? Não é estar aqui fechada, é a falta de contacto físico. Já me faltam os abraços e os beijinhos e os carinhos. Já me falta aquela coisa tão portuguesa, tão nossa de dar dois beijinhos na cara de toda a gente, de tocar nas pessoas, de sentir a proximidade.
Mas vai acabar, os abraços e os beijinhos hão de fazer a sua aparição quando esta loucura toda acabar, por agora fiquem em casa, descansem muito e não percam a esperança.
