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The art of living

24
Set20

O melhor de 2020

Mafalda

A Ana, que é uma querida desafiou a blogosfera mais uma vez a juntar os seus retalhos para contar o que foi o melhor de 2020 até agora, e eu, como tenho sempre muita coisa para dizer, decidi deixar-vos a minha pitadinha:

- Viagem a Itália: antes do COVID nos obrigar a fechar ao mundo tive a oportunidade de respirar o ar italiano e ficar para sempre apaixonada com Roma

- Encontros no parque: Todos os encontros no parque com a L. patrocinados por pizza, bons livros e algumas gargalhadas

- Noites de família: Mesmo no meio de toda a anormalidade conseguimos manter as noites de família com os meus "tios de coração", através de videochamada jogamos ao Monopólio, Pictionary e Party & Co. e assim há distância mantivemos a união.

- Todos os meus projectos de Verão: no meio da confusão do COVID organizei um cinema ao ar livre e participei em 3 dias a dinamizar a semana da juventude, e, conseguimos mesmo em tempo de pandemia, trazer a cultura de volta ao coração das pessoas

 

22
Set20

Por aqui lê-se.... Sr. Mercedes

Mafalda

Este post vem com quase um mês e meio de atraso. Como já vos tinha contado li imenso durante as minhas férias, e acabei por não fazer muitos posts sobre isso para não ser maçadora. No entanto, no auge do meu bloqueio de escrita (juro que a minha mente se esvazia de cada vez que quero vir aqui escrever), decidi que não havia melhor altura para vos contar sobre mais um livro que me deliciou nas minhas férias.

IMG_20200920_181832.jpg

(mais informações sobre o livro aqui)

Nunca tinha lido Stephen King, já planeava fazê-lo há muito tempo, e já tinha lido muitas das suas entrevistas e pouquinhos da sua escrita, mas houve sempre algo que me fez recuar. Em Agosto, de férias e depois de já ter devorado os 3 livros que levei comigo decidi aventurar-me na secção de literatura do Continente, com o objectivo de comprar algo baratinho (porque não sou adepta de gastar muito dinheiro em livros). Na secção do livros de bolso, a 7€ encontrei o "Sr. Mercedes" e era tamanho achado (a nível económico) que não consegui resistir.

A história que nos mostra a luta entre um polícia reformado que nunca conseguiu resolver um dos seus casos e o criminoso que o perpetrou. O suspense é mantido durante toda a obra, e, embora desde o principio conheçamos quem é o criminoso (o que quando comecei a ler achei um grande erro, mas acabou por se mostrar extremamente inteligente), há surpresas a cada virar de página.

Recomendo a todos aqueles que gostam de um bom thriller e não sofrem de nenhuma doença do coração

19
Set20

Cidadania - sim ou não?

Mafalda

O assunto já é de há algum tempo, mas não deixou de me fazer confusão.

Porque alguns acham que a disciplina de cidadania devia ser opcional o país dividiu-se em opiniões variadas. Há uns que protestam que o Estado não devia intervir nos valores ensinados às nossas crianças, que os pais têm obrigação para ensinar determinadas coisas, e o direito de não querer que os filhos sejam expostos a outras.

Do outro lado diz-se que os valores ensinados na escola são de ética e moral, e que, deviam ser ensinados a todos, porque afinal são valores essenciais para a humanidade e que embora os pais também tenham este trabalho, o Estado tem de garantir que há determinadas aprendizagens asseguradas.

Pessoalmente, identifico-me mais com este último grupo. Só tive 1 ano de cidadania, mas, não posso dizer que me foi feita a lavagem cerebral que alguns temem. Foi me ensinada a tolerância, a importância dos direitos humanos, o impacto que podemos fazer no mundo.

Estas são coisas que todas as crianças deviam aprender, e, como não sabemos em que ambientes todas as nossas crianças vivem, e se são propícios a este tipo de aprendizagem devíamos criar um momento, na escola para se aprender este tipo de coisas. Para se desenvolver as capacidades de debate, para se saber um bocadinho mais sobre o mundo.

Muitas vezes temos a mania de meter política nas coisas onde esta não existe.

Ninguém vai ensinar, nas aulas de Cidadania, que o PSD é mau e que o BE é que é o melhor partido político (claro que este é um exemplo, e se podiam referir outros qualquer partidos). Ninguém vai lavar o cérebro a crianças em 50 ou 45 minutos por semana.

A disciplina de Cidadania, não foi nunca relacionada com política, mas sim relacionada com humanidade. E porque uma disciplina que ensina, sobretudo a empatia entre humanos, é importante, devíamos defende-la, em vez de inventar bodes expiatórios sobre ela.

03
Set20

A (Super) Mulher do Século XXI

Mafalda

(para a minha mãe e avó, que são autênticas super mulheres)

Levanta-se. O despertador ainda não tocou mas ela ganha sempre a batalha contra o sono. São 6 da manhã.

É agora que vai ter tempo para ler o jornal que está pousado na mesa da cozinha, antes que os miúdos acordem. Dirige-se determinada à sala, mas as memórias da noite anterior invadem-na: Há roupa por passar.

O seu animo não esmorece. Chávena de café na mão e pilha de roupa na outra pensa no seu dia. Lá fora, a cidade ainda dorme, mas ela, já acordada, planeia como é que vai salvar o mundo hoje. Talvez sejam os morangos que vai por na lancheira da mais nova, ou talvez, depois da escola os leve aos 2 a comer um gelado. Não se apressa, ser (super) mulher tem destas coisas.

A roupa está passada. Senta-se à mesa, abre o jornal. Começa a ler.

Os gritos mal humorados de quem acabou de acordar espalham-se pela casa. Por um segundo finge não ouvi-los, mas ela não é assim, não ignora as suas responsabilidades.

Trata dos miúdos. Veste-se. Leva-os à escola. Vai para o trabalho.

O animo já não é tão vincado no seu rosto, porque afinal não acabou o seu café e não leu o jornal. Mas não desiste, ainda pode salvar o mundo hoje.

Dirige um sorriso e uma palavra amigável a todos que passam por ela. Faz o trabalho para o dia, marca no seu post-it amarelo um certo e prepara-se para sair, mas fica. Não porque não tem o desejo de ir para casa, mas porque a sua colega ainda ali está. As super mulheres não deixam ninguém para trás.

Chega a casa depois das 18h, os miúdos precisam de um banho. Ups, não os levou a comer gelado. "Paciência" pensa para com ela, "amanhã prometo que faço isso".

A irmã liga-lhe e o filho torce o nariz. Eles não percebem porque é que a mãe passa horas ao telemóvel a falar com as amigas ou familiares, mas o que não sabem é que mesmo nos dias em que está muito cansada, ela não o dispensa. Ser (super) mulher também é ouvir os outros e os seus problemas.

O jornal continua em cima da mesa. Os miúdos vão para a cama. Ela tenta levanta-lo, mas o dia derrotou-a. O animo é substituído por esperança para o dia seguinte.

Ela não sabe, mas nesse dia salvou o mundo muitas vezes: com o morango na lancheira da filha, quando deixou o miúdo escolher a música no caminho para a escola, quando ajudou a colega no trabalho, quando ouviu sobre o divórcio da irmã. Até mesmo quando, em vez de ler o jornal decidiu ler uma história para os meninos adormecerem.

Ela é uma super mulher, não usa capa e não mata vilões, mas todos os dias, bocadinho a bocadinho, salva o mundo.

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