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The art of living

31
Jan21

Review // About Time

Mafalda

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(imagem retirada daqui)

Lembro-me bem da primeira vez que vi este filme, foi há quase 7 anos quando os meus pais decidiram ir passar o dia dos namorados com um grupo de amigos a Paris (tempos em que o COVID não existia e esses planos eram fáceis de realizar). Eu e a minha irmã ficamos com a minha avó e à falta de coisas para fazer decidimos que íamos ver televisão.

Foi assim o meu primeiro encontro com ele, quase como se fosse uma obrigação, mas rendi-me aos seus encantos nos primeiros minutos. É um filme que nos fala de paixões e da vida, tal como tantos outros, mas que mistura com ele o tempo, e a forma como todos os eventos da nossa vida são determinados por momentos anteriores. Utiliza também a viagem no tempo, algo que estamos habituados a ver apenas em filmes de ficção científica, para contar uma história de amor(es).

No meio de tudo isto, à primeira vista, este é um filme que tem tudo para não ser apreciado, pelo menos por aqueles que gostam de cinema mais realista. Mas o guião está escrito de uma maneira tão elaboradamente bela que consegue misturar todos estes tópicos trazendo-nos cenas que nos chegam quase como "pedaços" da vida dos outros, como se olhássemos para um álbum das suas memórias.

Já voltei a este filme várias vezes, como sabem gosto de repetir experiências que me trazem felicidade e conforto, e este é uma delas. Recomendo vivamente a todos os românticos, ou aqueles que precisam de uma perspectiva diferente sobre a vida. Não se vão arrepender!

 

29
Jan21

A arte de aceitar

Mafalda

Tive a minha primeira entrevista na terça-feira. A ansiedade tomou conta de mim nas horas que a precederam mas quando dei por isso já tinha acabado, e correu melhor do que esperava.

Ao longo da entrevista, que decorreu quase como uma conversa e não como uma série de perguntas e respostas, a minha entrevistadora disse-me que em mim se notava uma grande capacidade de aceitar aquilo que não posso mudar.

Quis rir-me, mas não o fiz, revelei-lhe que era algo em que tenho estado a trabalhar, no entanto ainda não sou mestre da arte de aceitar.

Tenho reparado ultimamente que tudo aquilo que não posso controlar,  me deixa pouco à vontade e quase que assustada. Mas reparei que a vida é também composta por tantas coisas que não posso controlar, que a algum ponto vou ter de aprender a coexistir com elas. Assim, tenho trabalhado nisso todos os dias, ainda não fiz muitos progressos, mas o importante é começar.

Têm alguma dica para mim?

 

25
Jan21

O que fica depois do adeus

Mafalda

Não sabia que te estava a beijar pela última vez naquele dia frio de Janeiro, nem sabia que seria a última vez que poderia segurar a tua mão dentro da minha e sentir o seu calor. Talvez se soubesse tivesse permanecido naquilo que restava do nosso amor durante mais tempo. Talvez me tivesse demorado mais um segundo nos teus lábios, mais uns minutos nos teus braços.

Agora pergunto-me o que fica depois do adeus. O que é que sobra de nós mesmos quando aquilo que amamos com todo o nosso ser deixa de ser nosso.

Restam-nos as memórias daquilo que podia ter sido um amor para a vida toda e as dúvidas que nos assombram perguntando o que é que falhou para que assim fosse. Ficam connosco pedaços de vida, outrora reconfortantes, mas que com o tempo se transformaram em objectos cortantes.

Não sei bem quem sou agora que partiste, mas sei que durante um breve momento tivemos o amor do qual só ouvimos falar nos filmes ou livros.

Talvez seja isso que fica depois do adeus. A certeza que as grandes histórias de amor, às vezes, também acabam.

23
Jan21

Quando o confinamento e a depressão sazonal se juntam

Mafalda

Desde há muito tempo que sofro de depressão sazonal, chega no inverno quando o frio enregela os nossos corações, quando os dias ficam mais curtos e especialmente mais cinzentos. Sinto-a a chegar quando a minha motivação para fazer as minhas coisas favoritas desaparece e o primeiro sinal de alarme é uma fome voraz por todas as coisas doces e calóricas.

Este ano foi diferente, alguns sintomas mostraram-se mas devido aos poucos dias de chuva e a técnicas que aprendi ao longo dos anos e que pus em prática antes de ser avassalada pela tristeza, senti-me mais ou menos normal. Até chegar o confinamento e com ele os derradeiros dias de chuva.

É seguro dizer que já vi melhores dias. Estar em casa fechada entre as mesmas 4 paredes e com as mesmas pessoas é um desafio à sanidade mental de toda a gente, mas aliado aos dias que temos tido aqui no Norte, parece impossível alguém ficar são. No entanto decidi que não vou sair deste confinamento derrotada. E por isso hoje levantei-me, vesti uma roupa "normal" (nada de pijamas ou fatos de treino), coloquei a minha melhor maquilhagem e preparei-me para enfrentar a vida.

Ainda estou a descobrir como navegar por estas águas nunca antes navegadas (pelo menos por mim, visto que o confinamento do ano passado foi solarengo), mas prometo trazer-vos na viagem e contar-vos aquilo que aprendo no caminho. Se tiverem alguma dica deixem-na nos comentários, a minha alma perdida agradece.

 

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